No Conselho de CA’s, no DCE, foram realizadas reuniões com os candidatos a reitoria da UFLA (2016 – 2020).
19/11 (quinta-feira): Francisval;
23/11 (segunda-feira): Scolforo.
Nas reuniões foram apresentadas demandas, na forma de perguntas, em que os candidatos responderam com suas propostas de soluções para os problemas da universidade. O Centro Acadêmico de Ciência da Computação se disponibilizou a compartilhar as respostas para caráter informativo aos alunos, sendo responsável pelo acompanhamento das reuniões os membros Adriano Oliveira (19/11) e Gabriel Lemos (23/11). Abaixo segue as perguntas e as respostas de cada candidato:
– Quais as propostas para melhoramento estrutural? (Ventiladores com barulho de turbinas, PV2 sem ventilador e com projetores que não funcionam direito, equipamentos para laboratórios, ventiladores e ar condicionado nas salas que não tem, número de microfones limitados, etc)
Francisval: Nós temos que fazer um levantamento em relação a isso. Temos que resolver os gargalos, corrigi-los. O planejamento não foi adequado para receber a quantidade de alunos que temos atualmente.
Scolforo: Existe um projeto na UFLA pra construção de uma usina, essa usina tornaria viável colocar salas de aula com ar refrigerado. Estamos preocupados com a questão de ambientação da UFLA principalmente por causa do el niño mais recente que está causando um calor muito mais forte. Existem planos para trocar alguns ventiladores por outros mais silenciosos, temos conhecimento dos ventiladores estragados também. O problema em relação a ventiladores é que tudo é licitado, até peças de 20 reais. Além disso existem vagas de técnicos amarradas por causa do Ministério da Fazenda. O objetivo é melhorar a equipe, montar uma equipe multidisciplinar para uma manutenção mais robusta e rápida usando o recurso do cartão corporativo. Depois que essa equipe estiver montada 80% dos problemas serão resolvidos. Os alunos também tem contato com a DADP, mas estamos “bem que só”. Além disso, pra estar faltando equipamentos é porque não houve um requerimento dos professores.
– Com o crescimento dos alunos de graduação e tendo em vista o número reduzido de livros na biblioteca e a falta de diversos títulos, se eleito, em sua gestão, como você pretende solucionar este problema?
Francisval: O problema é a política de licitação de livros na universidade. Trabalharemos com os docentes, fazendo consultas aos professores, para fazer a atualização do acervo da universidade e reduzir a burocracia para aquisição de livros.
Scolforo: Vamos duplicar a biblioteca, a licitação já foi feita. O projeto era pra começar em Junho, a empresa prorrogou o prazo pra outubro e depois desistiu do projeto. O projeto está parado porque não havia segundo colocado na licitação. Já foi aberto a licitação pra outras empresas começarem o projeto. Se algum professor falar que não tem o livro na biblioteca é porque ele não solicitou. Existe um projeto pra expansão das atividades da biblioteca, que seria aumentar o horário de funcionamento aos dias úteis de 07 as 23 horas e nos finais de semana das 7 as 18 horas, e existem funcionários o suficiente pra biblioteca funcionar nesse novos esquemas de horários.
– Visando o respeito a igualdade para todos e todas dentro da universidade quais seriam as maneiras que o candidato vê para a redução do numero de assedio moral e sexual no campus, feita pelos próprios docentes, e que existe até hoje?
Francisval: Visamos desvincular a ouvidoria da reitoria para torná-la mais independente e assim mais poderosa. Também, criar um espaço para que o assediado seja acolhido para receber um tratamento e ajudar na resolução do problema.
Scolforo: A pessoa tem que denunciar se está sendo vítima de qualquer tipo de assédio. Todo processo feito em sigilo porém ela tem que se manifestar. Caso exista o assédio, inicia-se um processo de demissão do autor. Todos os docentes contratados assinam um documento de ética e conduta. Temos que fazer uma campanha forte e sistemática para combater esse problema. Temos 220 câmeras na universidade, além de vigilantes rondando no período da noite. Garantimos que se a pessoa denunciar ela vai ser preservada e vai ter proteção total.
– Qual a postura do candidato pretende tornar em relação às politicas de assistência estudantil (alojamento, bolsas institucionais) na universidade, visando a qualidade e disponibilidade das mesmas?
Francisval: Vemos como prioridade a questão da assistência. Visamos a melhoria dos alojamento e sua expansão. Também queremos, se eleitos, aumentar o valor da bolsa permanência, na medida do possível.
Scolforo: Quando assumimos tínhamos 660 bolsa atividade hoje temos 1500 bolsas. Não há uma maneira de aumentar o valor das bolsas, nesse momento de crise estamos no teto da cota. Queremos aumentar o número de bolsa, com a entrada dos demais alunos para atender a demanda. Nossa prioridade são as pessoas. Já os alojamentos, a construção dos novos foi interrompido por causa da falência da empresa. Nesse caso é mais difícil de continuar a obra, pois é uma obra em andamento, então é preciso fazer uma contagem exata do que já foi feito e do que falta e isso não é uma coisa feita de um dia pro outro. Reitores de universidades geralmente não gostam de alojamentos porque geralmente alojamentos significam problemas, mas eu estudei minha vida toda em alojamento e sei o quanto é importante. Nós vamos corrigir o processo burocrático para declaração de de deficiência econômica, evitando a entrega de documentos já apresentados e sobre prioridades.
– Qual o seu posicionamento sobre a estrutura do ensino na universidade? (Quantidade de aulas práticas, ligação das disciplinas eletivas com o curso e carga horária de estágio)
Francisval: Queremos dar flexibilidade aos alunos em relação as matérias eletivas e se possível mudar a estrutura de ensino da universidade. Os estágios também precisam ser vistos com mais sensibilidade.
Scolforo: Tem que ter aula prática! Eu vou conversar com os coordenadores de cursos para saber porque não está havendo aulas práticas. Fazer uma semana inteira de interação com os professores para que mostrem aos alunos a importância do estudo de algumas matérias para que o aluno seja estimulado.
– Quais são suas propostas para resolver o problema claro de falta de docentes em alguns departamentos da universidade, principalmente para os cursos noturnos e os cursos de licenciatura?
Francisval: É uma questão institucional. Primeiramente iremos, se eleitos, fazer um estudo em relação ao contrato e ocupação de vagas para docentes.
Scolforo: Preciso ter uma conversa de mediação para tentar resolver os problemas. O grande problema é que talvez o aluno não se sinta preservado. É preciso ser feito uma campanha para mostrar os alunos que são 100% preservados. Em relação ao transporte para estágios obrigatórios não renumerados é impossível no processo legal fornecer um transporte a esses alunos. É possível que seja feito um acordo com as prefeituras para arrumar um transporte, mas que seja planejado. Não há falta de professores.
Em relação as disciplinas obrigatórias ministradas as 17 horas iremos enquadrar a turma responsável por isso e manter curso noturno em horário noturno, principalmente para respeitar as pessoas que trabalham. Entramos em contato com a Autotrans e tentamos arrumar um horário, a empresa acatou, porém depois de alguns dias o horário voltava a ser como era antes. Talvez mandaremos um pedido por escrito para o prefeito de Lavras para quando vencer o contrato, abrir uma licitação para no mínimo duas empresas. Talvez com concorrência haja opções melhores para horários. Sobre os estacionamentos, já está licitado a construção de 2 estacionamentos, um atras do PV2 e outro perto do prédio das engenharias. No próximo semestre haverá uma oferta de bicicletas para andar dentro do campus.
– Quais são suas propostas para melhorar a acessibilidade de alunos com deficiência dentro da universidade?
Francisval: Precisamos ter uma assessoria psico-pedagógica mais poderosa para que as pessoas com deficiência sejam melhor atendidas, e também as pessoas com qualquer outro tipo de problema, como doenças psicológicas.
Scolforo: Monitorias são problemas de departamentos, e não interferimos em assuntos definidos em assembléia departamental. No futuro haverá uma comissão que acompanhará os professores, monitores e bolsistas. Estamos insatisfeitos do modo como está funcionando monitoria e estamos buscando alternativas para mudar como o programa funciona. Planejamos viabilizar um projeto para um PETI das licenciaturas. Também no futuro abriremos uma matriz para empresas júnior e núcleos de estudo para ida em congressos e outros fins. Nossa equipe tem um relacionamento muito forte com o MEC, com empresas e com o governo de Minas Gerais. Com crise ou sem crise eu tenho convicção que faremos uma gestão no mínimo equivalente a essa. Queremos aumentar os incentivos tecnológicos e sociais, queremos fortalecer as áreas de humanas e darmos um primeiro passo no mundo das artes.
Eu acredito que vamos passar dificuldades sim, porém nunca vamos cortar pessoas (programas sociais e de extensão), se for pra cortar vamos cortar prédios (programas de infraestrutura), nunca auxílios, bolsas e pessoas (terceirizados). Porque são as pessoas que movem o mundo.
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